Arquitetura do sucesso: como construir uma equipe in-house dedicada para uma marca
O processo de construção de uma in-house sob medida é trabalho minucioso. E Fabio Pellim compartilha sua experiência.
Muito se fala das agências in-house e todos os benefícios que podem trazer às marcas, desde a eficiência de custo até um time totalmente imerso nos objetivos e desafios de negócio de uma empresa.
Não se fala, porém, noquanto o processo de construção de umain-house pode ser minucioso. Já parou pensar quem faz estes processos ou como eles funcionam?
Sabemos que cada marca deve ter seus próprios processos, de acordo com as necessidades de negócio que se apresentam desde o início. Imaginamos que seria como um técnico de futebol, que prepara os 11 titulares ao longo do tempo e, quando o apito da partida soa, eles dão tudo em campo. E o mesmo acontece na construção de uma in-house, mas ao invés da bola, há uma conta que deve ser administrada com maestria – e nisso a Oliver é especialista.
Mas a pergunta mais importante é: como fazemos isso? O que há além do modelo in-house? Para sanar as dúvidas, perguntamos a Fabio Pellim, diretor de negócios da Oliver, sobre o que acontece nos bastidores das operações. Confira abaixo:
- 1. Quais são seus pilares para começar a montar uma equipe in-house?
Fabio Pellim: Os pilares para construir uma equipe geralmente incluem a aquisição de talentos, definição de papéis e responsabilidades, estabelecimento de processos e fluxos de trabalho, implementação das ferramentas e tecnologia corretas e promoção de uma cultura de colaboração e criatividade, que é o básico. Mas a nossa leitura vai além: procuramos um entendimento mais amplo de quais conhecimentos e características um profissional deve ter para uma aderência mais forte com o ecossistema no qual será inserido. Este fator acelera as curvas de aprendizagem e reduz a rotação de talentos.
- 2. Quais os principais sinais para uma marca buscar um marketing interno?
FP – As marcas devem considerar uma equipe dedicada ou interna quando precisam de maior controle sobre seus processos criativos, produção de conteúdo mais rápida, eficiência de custos e uma maior sintonia entre os esforços de marketing e a identidade da marca. Os sinais podem incluir: insatisfação com o desempenho das agências, muitos parceiros na mesma cadeia gerando muita fragmentação do processo e conhecimento, a necessidade de entrega de conteúdo mais rápido devido à dinâmica do mercado e de sua audiência, ou o desejo de maior autonomia criativa.
- 3. O que você aprendeu durante o processo de construção de agências in-house para variados clientes?
FP – Construir equipes dedicadas de alto desempenho requer uma compreensão profunda do ecossistema da marca, sua cultura e os objetivos da empresa em geral. Envolve a formação de uma equipe talentosa com habilidades diversas, que tenha a colaboração como um valor inegociável e esteja sempre se adaptando às necessidades do cliente, que também estão em constante evolução. Não menos importante, sua construção envolve o desenvolvimento e alinhamento de processos, ferramentas e fluxos de trabalho para garantir eficiência e qualidade na entrega deste produto de comunicação.
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Experiências aprimoradas para os clientes
As opções que um cliente pode ter para aumentar sua posição no mundo digital são variadas. Em algumas ocasiões, é preciso realizar um processo mais longo e bem estruturado e, de ambas as formas, uma in-house pode direcionar essa mudança. Sobre os grandes benefícios que o cliente pode ter com o modelo, Pellim ressalta:
- As marcas buscam produzir a maior quantidade de conteúdo no menor tempo possível. Por que uma equipe interna seira uma das melhores opções para isso?
FP – As equipes dedicadas oferecem várias vantagens, incluindo entregas mais rápidas devido à sua proximidade com a marca e seus tomadores de decisão. Essas equipes também podem proporcionar economia de custos a médio e longo prazo, pois estão mais alinhadas com os objetivos da marca e podem produzir campanhas e conteúdos de maneira mais rápida e eficiente.
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Todo criativo pode se encaixar em uma equipe in-house?
O lado do cliente e o processo de formação de uma in-house são fundamentais, mas é necessário ter habilidades especiais para trabalhar nesse formato? Na Oliver, acreditamos que é um processo diferente, mas não completamente. Fabio explica:
FP – O desenvolvimento em uma equipe dedicada não é tão diferente de outras formas de trabalho, mas neste caso, a capacidade de imersão e de desenvolver um conhecimento profundo da marca são importantes. Outro aspecto é não ter nenhuma inibição em estar completamente integrado e envolvido no ecossistema de uma marca, isto é, não precisar de intermediários para sua relação com o cliente. Pessoas que têm restrições com a interação direta com clientes acabam tendo mais dificuldade com o modelo. Esta característica de baixa intermediação é precisamente uma das fortalezas do modelo. Os criativos e planejadores também devem ter uma clara compreensão dos objetivos da marca e uma extraordinária capacidade de colaboração.