Tesouro escondido: métricas não convencionais que estão transformando a comunicação interna
Thais Vogelsanger
Quais as métricas que revolucionaram a comunicação interna? Com base na minha experiência, acredito que não há uma fórmula única que sirva para todas as empresas para calcular o ROI nesta área. Cada empresa tem características e necessidades únicas, e o retorno do investimento precisa fazer sentido para a organização em específico.
Diferente do mercado tradicional, na comunicação interna precisamos considerar fatores como o envolvimento do empregado, o clima organizacional e a cultura da empresa. Esses elementos desempenham um papel fundamental na eficácia das estratégias de comunicação.
A curto prazo, podemos usar métricas mais tradicionais como taxas de abertura de e-mails, acesso à intranet e participação em eventos. Algumas métricas que podem fazer parte dessa equação incluem pesquisas de clima organizacional, pesquisas de Net Promoter Score (NPS), avaliação das taxas de envolvimento em projetos ou programas específicos, retenção de talentos, pesquisas e rodadas de feedback com os empregados sobre a retenção de mensagens.
A longo prazo, a análise deve ser baseada na satisfação do empregado, integração cultural, feedback e participação em ações de comunicação, bem como pesquisas de clima, mudanças de comportamento, taxas de retenção de empregados e outros indicadores relevantes de RH.
É necessário avaliar os canais de distribuição utilizados para garantir que essa comunicação chegue aos empregados e, a partir daí, entender quais métricas podem ser extraídas e analisadas.
Na minha percepção, existem algumas métricas básicas essenciais que são frequentemente inerentes a todas as comunicações e precisam ser rastreadas para avaliar o sucesso das nossas ações. O envolvimento do empregado é uma delas, pois indica o quão envolvidos e interessados eles estão nas nossas mensagens e iniciativas. Além disso, as taxas de abertura e leitura de e-mails internos são importantes para entender a eficácia deste canal de comunicação.
Também considero fundamental medir a participação do empregado em eventos internos, pois isso mostra seu interesse e envolvimento com as atividades que promovemos. O feedback dos empregados é valioso para entender como eles percebem nossa comunicação e quais sugestões têm para melhorias.
Outra métrica relevante é a mudança no comportamento e conhecimento do empregado, pois isso reflete o impacto das nossas iniciativas em como eles agem e entendem certos tópicos. Além disso, monitorar as taxas de retenção de empregados nos permite avaliar se nossa comunicação interna está contribuindo para a satisfação e envolvimento do empregado.
Devemos também avaliar a eficácia das plataformas de comunicação interna que utilizamos, como a intranet e as redes sociais internas, para saber quais canais são mais eficazes na transmissão de mensagens.
Quanto ao monitoramento dessas métricas, considero essencial que seja contínuo. Isso nos permite identificar tendências e padrões, fazer ajustes e melhorias em nossa estratégia à medida que surgem novos insights. Além disso, o monitoramento contínuo nos permite avaliar a eficácia das nossas iniciativas em tempo real, identificando rapidamente o que está funcionando bem e o que precisa ser melhorado.
Receber feedback dos empregados em tempo real também é crucial para que possamos responder de forma ágil a questões emergentes e necessidades específicas. Estamos desenvolvendo grupos específicos para conduzir essas pesquisas e co-criações.
Além disso, é essencial avaliar a qualidade da própria comunicação. Frequentemente, as empresas emitem várias comunicações e campanhas sem dar o tempo necessário para que as mensagens sejam absorvidas pelos empregados.
Esse excesso de informações pode criar uma sobrecarga de mensagens, dificultando a retenção de informações pelos empregados. Portanto, é importante analisar o panorama geral da comunicação na empresa e verificar se o conteúdo é bem elaborado, se há coerência e se há uma frequência apropriada para as mensagens.
